Outros indicadores do mercado imobiliário, como o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) e o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), também apresentaram aceleração. Esses resultados indicam que o mercado imobiliário segue em alta, refletindo um aquecimento tanto no setor de construção quanto no de locação residencial.
MOMENTO CERTO
O cenário atual confirma um momento favorável para o setor imobiliário. Os preços dos aluguéis, medidos pelo Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), acumulam uma alta de 10,65% nos últimos 12 meses até junho, seguindo uma tendência semelhante ao Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), que subiu 11,65% no mesmo período. Ambos os índices contrastam significativamente com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que, apesar de uma leve aceleração, ainda se mantém distante dos indicadores do mercado imobiliário, registrando um aumento de 4,23% até junho de 2024, comparado a 3,93% no mês anterior.
Esse crescimento real dos preços no mercado imobiliário, em um contexto de inflação controlada, sublinha o potencial de investimento e a atratividade do setor. O cenário atual destaca a resiliência e o dinamismo do mercado imobiliário como um pilar essencial da economia, capaz de se adaptar e prosperar mesmo em meio a desafios macroeconômicos.
VARIAÇÃO NAS CIDADES
Em junho, o IGMI-R registrou crescimento em seis das dez cidades que compõem o índice. Em cada região do país, pelo menos uma cidade apresentou aceleração do IGMI-R de maio para junho. No Sudeste, São Paulo (de 0,32% para 0,37%) e Belo Horizonte (de 2,86% para 4,12%) registraram aumento. No Sul, Curitiba (de 0,64% para 0,80%) e Porto Alegre (de -3,54% para 1,64%) se destacaram. No Nordeste, Fortaleza foi a única cidade a apresentar crescimento na taxa de variação (de -0,38% para 0,77%), enquanto Recife passou de 0,99% para 0,70%. No Centro-Oeste, Brasília (de 1,80% para 1,92%) foi a única cidade onde o índice avançou em junho.
Nos primeiros seis meses de 2024, o IGMI-R acumulou um crescimento de 6,96%, a maior taxa para esse período desde 2020, evidenciando o aquecimento do setor imobiliário em 2024. Essa tendência de aceleração foi observada em outras seis cidades que compõem o índice, abrangendo todas as grandes regiões do país, o que indica um aquecimento generalizado em diversas cidades em todo o território nacional.